domingo, 3 de maio de 2020

No dia da Mãe, um poema inédito de Violeta Figueiredo


                                                   

HORAS

Sou pequena, 
finjo que ainda não acordei.
"— Oito horas", chama minha mãe.
O quê? Não quero horas todas juntas,
às oito, às doze, às dez
de cada vez!!
"São horas", repete ela.
Ah, assim está bem.